A liderar mudanças na sustentabilidade

Cuidado da Pele, Sustentabilidade | 25 Outubro

Pere Brugal, líder global em transformação de negócios sustentáveis, ​​e Paloma Perea, diretor de marketing da Sensilis

Na Sensilis, estamos há mais de um ano a preparar a marca para o futuro que, na verdade, já é o presente. Revimos o Brand equity para manter a tradição farmacêutica de 40 anos.

Mudámos e queremos destacar alguns valores: a nossa sociedade, o nosso estilo de vida e nós, que também mudámos. Hoje temos mais motivos para falar sobre pele sensível do que os visionários de há 40 anos atrás.

Hoje em dia, na era da informação, queremos e exigimos saber mais sobre os produtos que utilizamos e como estes são feitos. Por este motivo, criamos o Sensitive Skin Lab, para responder a esta procura por parte do consumidor. Priorizando a honestidade científica, analisámos todas as fórmulas dos nossos produtos e, seguindo os mais altos padrões de exigência, reformulámo-los para torná-los mais puros e limpos no que toca aos seus ingredientes e mudando ou eliminando o que não é relevante para a eficácia do produto. Assim, fomos mais rigorosos do está regulamentado para a indústria cosmética.

Além disso, praticamente todas as fórmulas da Sensilis são veganas. Em 2021, a meta é que essa taxa atinja os 100%.

As mudanças que estamos a integrar não ocorrem por obrigação, mas por honestidade.

O problema da sustentabilidade afeta-nos enquanto marca? O que se passa com o plástico?

Estamos em 2021 e os nossos consumidores e filhos exigem de nós uma mudança, porque os valores também são outros.

De facto, existe um problema global de sustentabilidade. Comecemos pelo Earth Overshoot Day, ou seja, o dia em que esgotamos os créditos fornecido pelo planeta Terra em termos de recursos naturais.

Os hábitos de consumo do ser humano fizeram com que os recursos gerados naturalmente pelo planeta se esgotassem em 2020 no dia 22 de agosto. Por outras palavras, o nosso modo de relacionamento com o planeta não é sustentável.

Um dos maiores problemas atuais é o impacto das emissões de CO2 no aquecimento global, bem como a poluição do ar gerada pelas emissões de outros poluentes que também afetam a nossa saúde. Mas existem outros problemas críticos que devemos resolver, como o plástico.

  • Produzimos 359 milhões de toneladas de plástico por ano;
  • Deste valor, 54% é gerado pela indústria de embalagens como material descartável;
  • 90% desse plástico não é reciclado;
  • 11 milhões de toneladas de plástico acabam no oceano, havendo já um continente flutuante deste material;
  • Em 20 anos, o volume de plástico no mar vai triplicar, segundo especialistas.

O plástico demora mais de 400 anos para se degradar. Nesse processo, são libertados para o ambiente microplásticos que têm um impacto nocivo na flora e fauna marinhas. Esses microplásticos acabam por entrar na cadeia alimentar do ser humano. Porém, estamos apenas a olhar para a ponta do iceberg, uma vez que só começámos recentemente a sofrer na nossa saúde os primeiros efeitos desta realidade.

O desafio da Sensilis: Sustentabilidade como valor fundamental

Para além das fórmulas mais limpas para o consumidor, também demos passos substanciais para desenvolver fórmulas mais amigas do ambiente. Nesse sentido, trabalhámos as nossas linhas de produtos solares para minimizar o impacto no oceano. A isso demos o nome de “Ocean Respect”.

Começámos em 2019 com os filtros solares biodegradáveis ​​(Teste de Biodegradabilidade Marinha de acordo com OCDE 306).

Em 2020, estamos a avançar para garantir que esses produtos não prejudicam o zooplâncton ou o fitoplâncton. Enquanto protegemos a nossa pele e a nossa saúde, também protegemos os nossos oceanos (Estudo realizado em Paracentrotus Lividus e Isochrysis Galbana para avaliar o impacto do produto no meio marinho). Isto é vital para o planeta, já que o fitoplâncton é responsável pela produção de mais de 50% do oxigénio que respiramos e o zooplâncton é a base da pirâmide alimentar dos ecossistemas marinhos.

No que toca ao packaging do produto (embalagem), analisámos durante o processo criativo os segredos dos mais antigos frascos de farmácia, bem como os cosméticos mais modernos e minimalistas produzidos no Japão e na Coreia do Sul.

Por isso decidimos trabalhar com o vidro, que nos fornece características muito interessantes e sensoriais: o peso, o frio e o tato. Pintámo-lo de branco mate, como um velho frasco de farmácia. Pelas suas características, estamos perante uma embalagem inerte (não reativo), o que a torna ideal para a incorporação de fórmulas farmacêuticas.

Ao nível da tampa, encontramos a ureia, que não sendo um derivado do petróleo, é um derivado do gás, tendo uma menor pegada ecológica do que qualquer material plástico.

Além disso, eliminámos os panfletos e prospetos que muitas vezes acabam no lixo, substituindo-os por um QR code que redireciona o consumidor para o site da Sensilis, onde pode encontrar informações visuais sobre o produto, bem como vídeos e imagens, dicas de uso e recomendações.

Qual o impacto no setor?

Só na Sensilis, deixaremos de usar três milhões de embalagens de plástico. Somos pequenos, mas imaginamos que muitos outros deverão juntar-se à nossa iniciativa.

Que legado deixamos aos nossos filhos?

As empresas têm a responsabilidade de resolver o problema do plástico. Temos que promover a mudança de hábitos.

Não há uma receita mágica. O problema é resolvido através da mudança de hábitos. Por exemplo: beber água é saudável, mas beber em garrafas descartáveis ​​é um hábito insustentável. Sabia que a cada minuto que passa são vendidas no mundo mais de um milhão de garrafas de plástico descartável?

Quando queremos resolver um problema ambiental, temos que ter em mente três palavras-chave: reduzir, reutilizar e reciclar. Reciclar por si só não resolve o problema, embora seja importante e ajude. A solução surge quando atacamos o problema nas suas três frentes e acima de tudo quando nos focamos na redução e no reaproveitamento.

Na Sensilis, estamos a atacar o problema do plástico nestes três aspetos principais: primeiramente, facilitando a reciclagem das nossas embalagens; em segundo lugar, reduzindo o desnecessário; em terceiro, reutilizando! Lá chegaremos.

Estamos no início, mas já não há volta atrás. O caminho é para a frente.

Sensilis, sensível a si e sensível ao planeta.

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